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Mais de 730 mil variantes genéticas analisadas

Mais de 160 características genéticas

Mais de 25 anos de experiência
“Fiz o teste de nutrigenética em 2019, e considerei os resultados muito interessantes. Entendi que usar as informações aliadas aos meus profissionais de saúde podem trazer grandes benefícios e estilos de vida, que se adequem melhor ao meu DNA. Sem dúvida, mostra um incrível avanço na medicina e em como pensamos a relação com a nossa saúde e bem estar.”

"Conhecer o meu DNA foi essencial para saber o que meu corpo precisa no dia a dia. Desde alimentação adequada nos treinos, até suplementação para mitigar eventuais problemas de saúde no futuro. Minha qualidade de vida aumentou muito!"

“O teste de nutrigenética é uma ferramenta de autoconhecimento. São informações importantes sobre predisposições genéticas que não imaginava ter que me fizeram repensar hábitos simples do dia-a-dia, como alimentação, condicionamento físico e outras atividades cotidianas.”

“O laudo entregue foi de fácil interpretação, as informações estavam claras e foram muito úteis para minha saúde. Devido a descoberta de uma deficiência vitamínica, pude me suplementar adequadamente e fazer um tratamento para a trombofilia a fim de ter uma gestação saudável.”

“Construir uma jornada de personalização de suplementação com a DNA Club foi um trabalho incrível. O pessoal da DNA Club nos impressionou pela capacidade técnica, seriedade e, acima de tudo, a atenção meticulosa à saúde dos clientes. São parceiros que nos dão orgulho e com quem queremos continuar construindo soluções para descomplicar e personalizar o cuidado da saúde.”

"A partir dos testes genéticos feitos com o DNA Clube eu conheci meu organismo de maneira mais profunda e consegui compreender melhor as várias reações do meu corpo em relação aos alimentos que estava habituada a consumir e resposta a atividades físicas. Foi possível correlacionar, por exemplo, diversas crises de ansiedade engatilhadas devido a metabolização lenta da cafeína.
Sem dúvidas os resultados me estimularam a seguir um estilo de vida mais saudável e consciente."

Ultimas Novidades
“O lado oculto da diverticulite”: como tecido conjuntivo e motilidade do cólon se cruzam com os genes.
A maior parte das pessoas associa diverticulite a “falta de fibra”. Mas os estudos genéticos mais recentes sugerem algo bem mais intrigante: uma assinatura biológica de tecido conjuntivo (colágeno/elastina) e de “comandos” de movimento do cólon. Ou seja, como a parede do intestino é construída e como o intestino se contrai parecem preparar o terreno para formar divertículos — e, depois, inflamar.
O que a ciência mais nova diz:
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Grandes GWAS (estudos genômicos com centenas de milhares de pessoas) acharam dezenas a centenas de loci de risco para doença diverticular, reforçando duas vias principais: integridade do tecido conjuntivo da parede do cólon e motilidade (músculo liso + sistema nervoso entérico).
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Integrações com RNA de célula única mostram células musculares, estromais e neurais do intestino como atores-chave — conectando genética a biologia real do cólon.
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Por que isso importa? Porque ajuda a explicar “como” divertículos se formam (fraquezas na parede + forças mecânicas) e por que alguns evoluem para diverticulite.
Genes em foco: o que cada um pode sinalizar
COL6A2 — matriz extracelular/colágeno VI
Sugere participação da qualidade da parede do cólon. Quando a engenharia do “tecido de suporte” não é ideal, surgem pontos de fraqueza.
KIF26B — motilidade/maquinaria celular
Relaciona-se a proteínas motoras (kinesinas). Pode influenciar o tônus e a coordenação das contrações do cólon.
HHIP — via Hedgehog (desenvolvimento tecidual)
Participa da manutenção de camadas musculares e do nicho mesenquimal. Toca o eixo estrutura + motilidade.
PTPN14 e MOB2 — via Hippo/YAP (mecano-sinalização e reparo)
Conectam força mecânica, reparo epitelial e inflamação. Podem interferir em como a parede responde ao estresse.
JAZF1 — eixo metabólico/inflamatório
Clássico em metabolismo e sensibilidade à insulina. Metabolismo desregulado pode piorar inflamação e cicatrização.
Importante: associação genética ≠ diagnóstico. Esses genes ajudam a mapear vias biológicas (parede, motilidade, reparo, metabolismo) que, somadas a fatores de estilo de vida, constroem o risco individual.
Referências:
MAGUIRE, L. H.; PEERY, A. F.; CAI, Q.; et al. Genome-wide association analyses identify 39 new susceptibility loci for diverticular disease. Nature Genetics, v. 50, p. 1359–1365, 2018. DOI: 10.1038/s41588-018-0203-0.
WU, Y.; WANG, X.; CHEN, Z.; et al. 150 risk variants for diverticular disease of intestine identified by GWAS; integration with human gut single-cell RNA-seq implicates myocytes, stromal and neural cells. Cell Genomics, v. 3, p. 100399, 2023. DOI: 10.1016/j.xgen.2023.100399.
CAMILLERI, M. Etiopathogenetic mechanisms in diverticular disease of the colon. Cellular and Molecular Gastroenterology and Hepatology, v. 9, n. 1, p. 15–32, 2020. DOI: 10.1016/j.jcmgh.2019.07.007.
HONG, A. W.; MENG, Z.; GUAN, K.-L. The Hippo pathway in intestinal regeneration and disease. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 13, p. 324–337, 2016. DOI: 10.1038/nrgastro.2016.49.
WALTON, K. D.; WRIGHT, C. V. E.; SCHNEIDER, A.; et al. Hedgehog signaling in intestinal development and homeostasis. Annual Review of Physiology, v. 83, p. 359–380, 2021. DOI: 10.1146/annurev-physiol-031620-094324.
Você herda a vontade de mexer as pernas? O papel da genética na Síndrome das Pernas Inquietas
A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) — ou doença de Willis-Ekbom — é um distúrbio neurológico caracterizado por vontade irresistível de mover as pernas e sensações desconfortáveis que pioram em repouso e à noite, afetando o sono e a qualidade de vida. A condição é comum e tem base poligênica, isto é, envolve vários genes de pequeno efeito somados a fatores ambientais.
O que é a SPI
A SPI cursa com necessidade de mover as pernas, geralmente acompanhada de formigamento, queimação ou sensação de “arrasto”. Os sintomas são mais intensos à noite e melhoram com movimento. Estima-se prevalência de 5% a 10%, com maior frequência em mulheres e aumento com a idade.
Herança familiar
A SPI apresenta forte agregação familiar: até 60% dos pacientes relatam parentes de primeiro grau com sintomas, e estudos com gêmeos sugerem alta influência genética. Ainda assim, a expressão clínica depende da interação entre predisposição e ambiente.
Genes mais estudados
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MEIS1: associado de forma consistente; envolve desenvolvimento neural e regulação de ferro no SNC.
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BTBD9: relacionado a vias dopaminérgicas e circuitos do movimento.
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PTPRD: participa da comunicação sináptica.
Esses genes aumentam o risco, mas não causam a síndrome isoladamente.
Ferro, dopamina e cérebro
Dois eixos fisiopatológicos se destacam:
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possível deficiência de ferro no sistema nervoso central, afetando neurônios dopaminérgicos;
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alterações na neurotransmissão dopaminérgica, essenciais ao controle motor.
Muitas variantes genéticas associadas à SPI impactam justamente essas vias.
Fatores que “ativam” a predisposição
Mesmo com variantes de risco, a síndrome pode não se manifestar. Entre os gatilhos/agravantes estão: deficiência de ferro ou anemia, uso de certos medicamentos (antidepressivos, antipsicóticos, antieméticos), consumo excessivo de cafeína/álcool/tabaco, gravidez, insuficiência renal e privação de sono.
Implicações práticas
Para pessoas predispostas, monitorar ferro, ajustar estilo de vida e evitar gatilhos pode reduzir sintomas. Em casos selecionados, suplementação de ferro e terapias dopaminérgicas, com acompanhamento médico, são opções baseadas em evidências.
Referências
ALLEN, R. P. et al. Restless legs syndrome: diagnostic criteria, special considerations, and epidemiology. Sleep Medicine, v. 4, n. 2, p. 101–119, 2003.
WINKELMANN, J. et al. Genome-wide association study of restless legs syndrome identifies common variants in three genomic regions. Nature Genetics, v. 39, n. 8, p. 1000–1006, 2007.
SCHORMAIR, B. et al. MEIS1 and BTBD9: genetic risk factors for restless legs syndrome. Movement Disorders, v. 26, n. 10, p. 1976–1979, 2011.
COSSU, G. et al. Restless legs syndrome: pathophysiology, clinical features and therapy. Frontiers in Neurology, v. 10, p. 935, 2019.
GUTIÉRREZ-GARCÍA, J. et al. Lack of association between MDGA1 gene variants and restless legs syndrome in a Spanish population. International Journal of Molecular Sciences, v. 26, n. 14, p. 6702, 2025.
MEDLINEPLUS. Restless Legs Syndrome (Willis-Ekbom disease). U.S. National Library of Medicine, 2024. Disponível em: https://medlineplus.gov/genetics/condition/restless-legs-syndrome/
Imputação aplicada às análises farmacogenéticas
A imputação genotípica é uma técnica essencial no campo da genética, especialmente quando aplicada à farmacogenética, onde buscamos entender como variações no DNA influenciam a resposta individual a medicamentos. A base desse processo está no uso de plataformas de genotipagem por microarranjos, como as da Illumina, que permitem a detecção simultânea de centenas de milhares de variantes genéticas (SNPs e Indels). No entanto, essas plataformas não capturam todas as variantes existentes no genoma humano. Para superar essa limitação, utiliza-se a imputação genotípica, que “preenche lacunas” nos dados com base em padrões herdados observados em populações de referência amplamente estudadas, como o projeto 1000 Genomes (NGUYEN et al., 2022; ABO et al, 2012). Nesse contexto, a imputação permite inferir esses marcadores faltantes e viabilizar análises mais completas, sem a necessidade de recorrer ao sequenciamento genômico completo.
O processo de mapeamento genético com essas plataformas se baseia em tag SNPs, variantes estrategicamente escolhidas por apresentarem alto desequilíbrio de ligação (LD) com outras próximas. Isso significa que, ao observar um SNP, é possível inferir outros localizados nas redondezas genômicas com alta correlação, desde que haja um painel de referência bem construído. A técnica de imputação segue um fluxo técnico relativamente padronizado: primeiro, os dados genotipados são submetidos a uma etapa de faseamento dos haplótipos, ou seja, a separação das variantes herdadas do pai e da mãe. Em seguida, esses haplótipos são comparados com os de uma base de dados de referência, e variantes ausentes são inferidas com base em semelhanças estatísticas. Softwares como IMPUTE2, Beagle e Minimac são comumente utilizados nesse processo, aplicando modelos estatísticos avançados, como algoritmos bayesianos e de máxima verossimilhança (MARCHINI e HOWIE, 2010).
Quanto à confiabilidade da técnica, diversos estudos demonstram que a acurácia da imputação para variantes comuns (frequência acima de 1%) pode ultrapassar 98%, desde que se utilize painéis compatíveis com a ancestralidade do indivíduo e arrays bem desenhados. Além disso, scores poligênicos calculados com dados imputados têm se mostrado altamente correlacionados com os obtidos por sequenciamento completo, com coeficientes superiores a 0,97 em populações diversas (NGUYEN et al., 2022). Apesar disso, variantes raras e regiões genômicas com baixa cobertura de haplótipos ainda representam um desafio técnico, exigindo cautela na interpretação dos resultados nesses contextos.
A acurácia da imputação também depende diretamente da qualidade dos dados genotípicos iniciais. Antes do faseamento, é fundamental realizar etapas rigorosas de controle de qualidade, como a filtragem de SNPs com baixa frequência alélica (MAF), desvios significativos do equilíbrio de Hardy-Weinberg (HWE), alta taxa de falha na genotipagem ou baixo call rate. O call rate avalia a proporção de genótipos efetivamente chamados para cada marcador ou indivíduo, sendo usualmente exigido um limiar mínimo de 95% ou 98% para inclusão nas análises. Esses critérios garantem que apenas variantes confiáveis sejam utilizadas no processo, reduzindo o risco de erros estatísticos na inferência de genótipos ausentes e aumentando a robustez das análises subsequentes (DAS et al., 2016; MARCHINI e HOWIE, 2010).
Em resumo, a imputação genotípica é uma ferramenta poderosa, validada e amplamente utilizada na genética de precisão. Seu uso estratégico na farmacogenética permite ampliar significativamente o poder informativo dos exames, oferecendo um excelente equilíbrio entre custo, abrangência e qualidade dos dados.
Referências
ABO, R. et al. Merging pharmacometabolomics with pharmacogenomics using “1000 Genomes” single-nucleotide polymorphism imputation. Pharmacogenetics and Genomics, v. 22, n. 4, p. 247–253, 9 fev. 2012.
DAS, S. et al. Next-generation genotype imputation service and methods. Nature Genetics, v. 48, n. 10, p. 1284–1287, 29 ago. 2016.
MARCHINI, J.; HOWIE, B. Genotype imputation for genome-wide association studies. Nature Reviews Genetics, v. 11, n. 7, p. 499–511, 2 jun. 2010.
NGUYEN, D. T. et al. A comprehensive evaluation of polygenic score and genotype imputation performances of human SNP arrays in diverse populations. Scientific Reports, v. 12, n. 1, 20 out. 2022.